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Projeto GUARANI - Projeto Estratégico do Exército

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Vídeo do Projeto: Clique aqui

 

Projeto Estratégico do Exército GUARANI

 

O processo de transformação do Exército, em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa, buscará levar uma Força Terrestre da Era Industrial para a Era do Conhecimento, sem alterar, no entanto, seus princípios, crenças e valores, conduzindo o Exército ao patamar de Força Armada de país desenvolvido e ator global, contando para isso com a modernização de equipamentos e desenvolvimento de tecnologias para recuperar a capacidade de operar com eficiência. Esses novos equipamentos irão fazer com que se mude o modo de ação e a visão de emprego da Força.
Nesse contexto, o vetor Ciência e Tecnologia é considerado um elemento central, dotado de efetiva capacidade de orientar e impulsionar as áreas operacional, logística e administrativa do Exército Brasileiro.

Um dos Projetos Estratégicos de grande vulto é o Projeto Guarani que teve início em 2007 no Escritório de Projetos do DCT no Rio de Janeiro e tem por objetivo transformar as Organizações Militares (OM) de Infantaria Motorizada em Mecanizada e modernizar as OM de Cavalaria Mecanizada. Para isso estão sendo desenvolvidas novas Viaturas para compor a família de Viaturas Blindadas de Rodas, a fim de dotar a Força Terrestre de meios para incrementar a dissuasão e a defesa do território nacional.

Atualmente as Condicionantes Doutrinárias e Operacionais (CONDOP) preveem uma Nova Família de Blindados de Rodas em dois modelos básicos: subfamília média composta de Vtr 6x6 e 8x8 e uma subfamília leve, formada por Vtr do tipo 4x4, sendo que a primeira versão desenvolvida foi a Viatura Blindada de Transporte de Pessoal - Média , de Rodas Guarani (VBTP-Me, Rd), a fim de possibilitar a substituição das Viaturas EE-011 URUTU, fabricadas pela empresa ENGESA, que estão em uso há mais de 40 anos.

 

O Produto:

A VBTP-Me, Rd Guarani é capaz de transportar até 11 militares, incluindo o comandante do carro, o atirador e o motorista, em ambiente climatizado e ergonomia adequada.

A viatura tem 6,91 m de comprimento, 2,70 m de largura e 2,34 m de altura, permitindo ser transportado por aeronave KC-390, da EMBRAER. Possui ainda capacidade anfíbia, com dois propulsores de hélices responsáveis pela operação em meio aquático.

Seu peso bruto total é de 18 toneladas, tração 6x6 e os dois eixos da frente são esterçáveis, mitigando restrições de arrasto nas rodas, otimizando a distribuição de peso e reduzindo o raio de giro. É impulsionado por motor diesel Cursor 9, da FPT Industrial, com torque máximo de 1.514 N.m @ 1.100 rpm e potência máxima de 383 CV @ 2.100 rpm. Ele conta, ainda, com transmissão automática de 6 velocidades à frente, desenvolvendo 90 Km/ de velocidade máxima.

Além do diesel, o motor também opera com querosene de aviação ou combinação de ambos em qualquer proporção, conferindo versatilidade em ambiente operacional pelo uso do mesmo combustível de aeronaves.

Tem capacidade de ultrapassar rampa frontal de 60 %, rampa lateral de 30 % e degrau de 0,5 m.

Possui sistema automático de extinção e detecção de incêndio, capacidade de operação noturna, posicionamento global por satélite (GPS) e um sistema de mira laser que, quando ativo, comanda automaticamente a torre do canhão, alinhando-a na direção do inimigo.

A proteção balística e antiminas é composta por aço e spall liner, uma forração de fibra montada internamente para proteção dos tripulantes contra projeção de estilhaços, e pela predisposição para receber externamente uma blindagem adicional. Os pneus run flat, montados com anel toroidal interno, possibilitam rodar sem pressão pneumática.

Foram definidas três configurações possíveis para o sistema de armas: a torre para canhão automático de 30 mm, o reparo de metralhadora automatizado e a torreta para a estação de armas de acionamento manual. Os dois primeiros são operados remotamente no interior do veículo e possuem plataforma estabilizada com sistema computadorizado de auxilio ao tiro.

O tempo de fabricação da VBTP-MR Guarani é de 2.500 horas, sendo 1.500 horas de soldagem. Para efeito de comparação, um caminhão convencional consome 100 horas.

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